sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

[NOTÍCIAS DIVERSAS] Morre aos 78 anos maestro Zezinho, do programa 'Qual é a música?'


Morre aos 78 anos maestro Zezinho, do programa 'Qual é a música?'


Músico ficou famoso por participar de programas de Silvio Santos.
Enterro dele será realizado nesta sexta-feira (24), em São Paulo.


José Batista da Silva Junior, mais conhecido pelo apelido de maestro Zezinho, morreu na tarde desta quinta-feira (23), em São Paulo. O músico de 78 anos ficou conhecido por suas participações nos programas "Qual é a música?" e "Programa Silvio Santos", ambos do SBT.

Ele estava internado no Hospital Total Cor (região central de São Paulo) há 40 dias, após sofrer um enfarte. Seu enterro será realizado nesta sexta-feira (24) no Cemitério Parque da Cantareira.
Maestro Zezinho participou de diversos programas apresentados por Silvio Santos. Na atração de calouros "Qual é a música?", era ele quem comandava o leilão de notas musicais - daí o famoso bordão "quantas notas, maestro Zezinho?".Também dirigiu a orquestra da emissora durante décadas: um de seus arranjos mais famosos é o da música "Silvio Santos vem aí",  o tema musical do programa "Show de calouros": 
Os dois se conheciam desde a década de 1960, quando trabalharam juntos na Rádio Nacional. Em nota oficial, o SBT lamentou a perda do músico, considerado "parte da história do SBT e da vida de Silvio Santos".
Fonte: G1

[ARTIGO] INSTRUMENTOS DE SOPRO


Instrumentos de sopro são instrumentos musicais em que o som é produzido pela vibração de uma coluna de ar. Na organologia moderna que utiliza a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos de sopro formam uma subcategoria da classe dos aerofones identificada pelo código 42.
De modo geral, a afinação dos instrumentos de sopro dependem do tamanho dos tubos (quando existentes). Quanto maior é o instrumento, mais baixa é a afinação e mais grave é a sonoridade. Em instrumentos que não possuem tubos, como a gaita, o acordeão e outros instrumentos de palheta livre, a afinação depende do tamanho da palheta.
O timbre destes instrumentos depende em geral do meio de produção de som (palhetas, lábios, arestas), do formato e do comprimento dos tubos.
Muitos dos instrumentos de sopro são transpositores. Isso significa que, por razões de construção, a afinação destes instrumentos não se baseia na fundamental Dó, mas em outras notas (as mais comuns são Si♭, Mi♭ e Fá). Como as partituras são feitas geralmente como se o instrumento fosse afinado em Dó, a nota que soa não é a mesma que está escrita. Por essa razão, sempre que um instrumento de sopro é descrito sua afinação é especificada (por exemplo: trompa em Fá, clarinete em Si♭).

Funcionamento

Um instrumento de sopro funciona pela vibração de uma coluna de ar. Em alguns dos instrumentos esta coluna é contida em um ou mais tubos que servem para definir a altura do som e também para amplificá-lo. Em geral quando existe um tubo de tamanho fixo, só as notas da série harmônica são executáveis. Para controlar a altura da nota obtida o executante deve:
  • Variar a intensidade (e às vezes o ângulo) de entrada do ar no instrumento para alternar entre as notas da série harmônica.
  • Alterar o comprimento efetivo do tubo. Isso pode ser feito por válvulas de movimento linear (pistões) ou rotativas (como nos trompetes e na trompa) ou variando o comprimento do tubo por um mecanismo deslizante (vara) - como no trombone.
  • Introduzir furos ao longo do tubo, que permitem aumentar ou diminuir o comprimento de onda ou anular certas harmônicas. Este tipo de mecanismo é usado nas madeiras, como as flautas, clarinetes, saxofones, etc.
Algumas técnicas
Em muitos casos é possível alterar também o timbre do instrumento ou a articulação das notas: sons diferentes podem ser obtidos ao usar meios alternativos de produção de som e em muitos casos são usados acessórios.
  • Surdina - Na maior parte dos metais, é possível utilizar surdinas, que ao serem encaixadas na câmpanula do instrumento, criam uma obstrução à saída do ar e, ao absorver algumas freqüências, tornam o som abafado. Efeito semelhante pode ser obtido na trompa pela própria mão do trompista que é inserida totalmente na campânula (efeito conhecido como bouché). Muitas vezes os trompetistas usam um lenço de tecido ao invés de uma surdina para obter o efeito de um instrumento tocado à distância.
  • Whaa-whaa - efeito usado sobretudo por trompetistas e trombonistas no jazz, às vezes para obter um efeito cômico. O músico tampa a campânula do instrumento com a mão espalmada e, durante a nota, move a mão para a frente e para trás obtendo uma variação de timbre e altura simultâneos, como se o instrumento "falasse" uáá-uáá.
  • Mirlitão - Se uma membrana (ou mesmo um pedaço de papel) for adaptada na boquilha de uma flauta ela vai vibrar solidariamente à nota principal ou ao canto e um som bem diferente, semelhante ao de um instrumento de palheta, pode ser obtido. Este tipo de membrana é chamado de mirlitão. Há um instrumento de brinquedo chamado flauta de mirlitão, mas na verdade este tipo de efeito pode ser aplicado a qualquer flauta.
  • Acordes em instrumentos melódicos - O instrumentista pode cantar uma nota ao mesmo tempo que produz uma nota pelo meio tradicional do instrumento. O resultado vai ser semelhante a um acorde de duas (e em alguns casos até de três notas, devido a uma ilusão auditiva). Esta técnica é possível na tuba, trompa e trombone sobretudo no registro mais grave desses instrumentos. Também é possível cantar notas na flauta.
  • Flaterzung - Também na flauta é possível produzir um tremolo ao soprar fazendo um som de rrr ou de frr com os lábios ou com a língua entre os lábios. Este efeito pode ser usado em qualquer estilo musical mas é mais comum na música popular. O frulato combinado ao canto é uma das marcas registradas de Ian Anderson, flautista e vocalista do grupo Inglês Jethro Tull.
  • Legato e portamento - Várias notas ligadas podem ser tocadas em um único sopro. Ligaduras de portamento podem ser obtidas ao tocar várias notas sem interromper totalmente o sopro entre cada uma delas.
  • staccato - O sopro é totalmente interrompido pela língua entre uma nota e a próxima. Em muitos casos o músico articula a língua como se dissesse tá-tá-tá. No stacato duplo, usado em passagens muito rápidas, o músico articula como se dissesse tá-ca-tá-ca.
  • respiração circular - Uma das técnicas mais difíceis de dominar. O músico armazena na boca e libera lentamente o ar, sem interromper o sopro, ao mesmo tempo que inspira pelo nariz. Permite sustentar uma mesma nota por um longo tempo ou executar longas frases sem interrupções. Faz parte da técnica padrão do didjeridu, mas tembém é bastante utilizada por virtuoses de qualquer outro instrumento de sopro.

Classificação

Há várias maneiras de classificar os instrumentos de sopro. A forma mais comum, derivada da formação de uma orquestra sinfônica divide os instrumentos em metais e madeiras.
O que permite a classificação de um instrumento como metal ou madeira é o seu timbre. A diferença entre o timbre dos instrumentos de sopro se dá pela relação entre o comprimento e a conicidade do tubo empregado na sua construção. Nos metais, o tubo é muito extenso em relação à sua baixa conicidade, e o pequeno comprimento em relação à conicidade é uma propriedade do naipe das madeiras.

Metais

Este grupo compreende os instrumentos em que o som é produzido pela vibração direta dos lábios do executante sobre um bocal. O termo refere-se, portanto, à forma de produção sonora e não ao material de fabricação. Existem instrumentos classificados como metais que são feitos de outros materiais, como o shofar, feito de chifre de carneiro.
Os metais mais comuns são: trombone, trompa, bombardino, tuba, sousafone, trompete, fliscorne e corneta de pistões. O oficleide foi o precursor da tuba.

Madeiras

Assim como o caso dos metais, o termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao material de que o instrumento é feito. Muitas das "madeiras" são feitas de plástico ou metal. São subdivididos de acordo com a forma de produção de som:
  • Palhetas simples: Instrumentos que utilizam uma palheta apoiada sobre uma boquilha como meio produtor de som. O músico toca fazendo o ar passar entre o batente da boquilha e a palheta, provocando sua vibração. Os principais instrumentos desse grupo são: a família dos saxofones (composta por sopranino, soprano, alto, contralto, tenor, barítono e baixo) e a família dos clarinetes (o próprio clarinete — em Si♭ ou Lá, a requinta — uma oitava acima e o clarinete baixo ou clarone — uma oitava abaixo)
  • Palhetas duplas: Possuem uma palheta constituída por duas lâminas finas de bambu, apoiadas uma sobre a outra e fixadas ao instrumento por um tubo cilíndrico (tudel). O Instrumentista toca fazendo o ar passar entre as duas palhetas e provocando sua vibração. Os mais conhecidos são os oboés e os fagotes.
  • Flautas: Família de instrumentos em que o som é produzido por vibração do ar contra uma aresta. Pode ser de embocadura aberta, como as flautas transversais ou fechada, como o apito e a flauta doce (ou flauta de bisel). As flautas não são sempre feitas de madeira, podem também ser de metal (a flauta transversal geralmente é de níquel, prata ou ouro) ou de plástico (como algumas flautas doces). Este grupo inclui ainda a quena, a flauta de pan, a zampronha, o flautim ou flauta piccolo, o pífano (ou pífaro) e os tubos flautados dos órgãos.

Outras classificações

A classificação em madeiras e metais é eurocêntrica e apropriada à música erudita, mas deixa de fora uma variedade de instrumentos que não fazem parte da orquestra clássica. Por isso, muitos musicólogos defendem a classificação apenas pelo meio produtor de som:
  • Embocadura: O som é produzido pela vibração dos lábios do executante. Inclui todos os metais citados acima e mais os didjeridus, berrantes e trompas de chifre ou madeira, entre outros.
  • Palhetas: divididos em:
    • Palheta simples: Os mesmos já citados acima.
    • Palhetas duplas: Os mesmos já citados acima, mais a gaita de foles e vários instrumentos orientais como o surnay, o duduk e o hojok.
    • palhetas livres: O som é produzido pela vibração livre de uma palheta dentro de uma cavidade, provocada pela passagem do ar. Normalmente não possuem tubos e a afinação depende do tamanho da palheta. Alguns musicólogos consideram que este tipo de instrumento é na verdade uma variação dos idiofones ou lamelafones. Inclui as gaitas, o sheng e vários instrumentos de foles (acordeão, concertina, bandoneón, entre outros) e os tubos palhetados dos órgãos.
  • Arestas: Que compreende todas as flautas já descritas acima. Divide-se em:
  • flautas de embocadura aberta: Flauta transversal, flauta de pan, pífano, shakuhachi etc.
  • flautas de embocadura fechada: flauta doce/flauta de bisel, apito, pennywistle, ocarina, entre outros.

fonte: wikipedia