sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

[NOTÍCIAS BMJCS] AVISO TOCATA

AVISO QUE A BMJCS TOCARÁ AO LONGO DOS FESTEJOS DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, PADROEIRA DE IPUEIRAS. 

-- INFORMAÇÕES --
DIAS: 28/11 a 08/12
CONCENTRAÇÃO: SEDE DA BANDA (GALPÃO)
HORÁRIO: 17: 20H
FARDA: BRANCA

Att.: Maestro Diógenes Catunda

domingo, 25 de novembro de 2012

MENSAGEM DE PESAR


A Banda de Música Joaquim Catunda Sobrinho está de luto e presta condolências à família do Maestro Jorge Nobre pela perda irreparável de seu filho!

Fé em Deus, Maestro!
on 25.11.12 by  |  

sábado, 24 de novembro de 2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

[NOTÍCIAS DIVERSAS] CONCERTO NO TEATRO SÃO JOÃO


Neste sábado (10), a Banda de Música do Curso de Extensão e Capacitação para Mestres de Bandas da UFC realizou um belo concerto no Teatro São João em Sobral-CE. A banda é composta por regentes e músicos de várias cidades, entre eles eu, que represento com muito prazer a Banda de Música de Ipaporanga. Tocamos como abertura da apresentação a peça de dificílima execução “O Guarani” de Antonio Carlo Gomes e arranjo de Herbert L. Clarke. A obra se destaca por exigir dos músicos muita atenção ao condutor, pois contém muitas variações rítmicas e cobra um elevado nível de técnica dos instrumentistas. Também foram executadas as peças: Gaúcho, num arranjo valioso de Pixiguinha e Aquarela do Brasil de Ary Barroso.
         O grupo tem como professor e maestro o Dr. Marco Toledo, que possui vasto saber na área da música, em especial bandas de música. O Maestro tocou e estudou em vários países e hoje é professor de música da Universidade Federal do Ceará na cidade de Sobral, transmitindo seus conhecimentos com muita dedicação aos músicos do interior do estado.

Banda do Curso de Capacitação junto com a Banda de Sobral tocando "Os Boêmios".

Além da banda do curso se apresentaram o quarteto se de saxofones liderado pelo Maestro Jorge Nobre “Saxteto” da cidade de Ipú e a Banda de Música de Sobral regida pelo Maestro Wanderley. Foi uma noite maravilhosa onde uma plateia de gosto musical apurado vibrou a cada obra instrumental.
         Em tempos de conflitos éticos e políticos, manifestações como esta trazem para as pessoas momentos de prazer e reflexão. A música expressa o lado bom do homem, o lado divino. Ela tem e sempre terá o poder de nos transportar de uma sociedade com falhas para um universo de total prazer e contentamento.
         Obrigado aos professores, maestros, músicos e organizadores que se empenham em fazer o bem.

Saxteto de Ipú

Teatro São João

                                                                                                         Por: Arquimedes Ribeiro
                                                                                     bandamunicipaldeipaporangaceara.blogspot.com.br

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

[ARTIGO] DOBRADO - A NOSSA MARCHA CÍVICA

Dentro da variedade dos estilos e formas de composições que compõem o repertorio das bandas de música brasileiras, o dobrado - marcha cívica tradicional que tem sua origem ligada à música militar é o que mais identifica as corporações musicais do nosso país. Esta afirmação encontra base nas pesquisas que o musicólogo Curt Lange fez sobre as nossas bandas bem como também em estudos feito por outros pesquisadores que se aventuram neste campo.
  • Marchar: Passo cadenciado de um indivíduo, ou de um corpo de tropas.
  • Marcha: Peça musical que se destina a marcar ou evocar o ritmo cadenciado do passo de uma pessoa, ou de um grupo de pessoas em marcha.
  • Marcha Militar: é uma composição instrumental destinada a marcar o passo de uma tropa em desfile nas solenidades militares ou em um deslocamento qualquer de uma tropa. A marcha militar se baseia num ritmo com marcação repetida e regular acompanhado de tambores e bombos marcados nos tempos fracos de cada compasso com intensidade e vibração e sendo abafando nos tempos fortes; enquanto isso a caixa de guerra mantém o preenchimento do acompanhamento rítmico dos compassos que ainda tem a marcação dos pratos em todos os tempos.
Embora existam marchas para piano, acordeon ou violão, o estilo se desenvolveu, ampliou-se e se diversificou no seio das bandas de músicas militares e posteriormente nas bandas civis. Acreditamos que isto se deu em função da necessidade e adaptação do potencial acústico dos vários tipos de instrumentos de sopro e percussão que compõem as bandas ao caráter e finalidade das marchas para o desfile das tropas. Esta fusão da música marcial com as bandas de música no mundo tornou-se um só corpo indissolúvel e ao fundir-se com as culturas locais chegou a derivar-se em outros estilos variantes como no caso do Brasil: das nossas marchas de procissão, da marchinha de carnaval, do frevo e suas variações, entre outros.

As marchas militares mais antigas que se tem registro são as de Jean Baptista Lully para as bandas de Luis XIV. A partir da Revolução Francesa, Cherubini, Hummel, Beethoven e outros compositores escreveram marchas para regimentos e exércitos. Atualmente, a maior parte das marchas foram escritas entre 1880 e 1914.

A marcha militar foi introduzida na música de concerto através das óperas e balé de Lully; sendo seguido por outros compositores. São freqüentes as marchas nas óperas de Haendel, Mozart, Verdi e Wagner. Dentro das marchas escritas para teclado, destacamos as escritas por Schubert, Schumann e Chopin.

Além da finalidade militar as marchas podem apresentar características muito diferentes, segundo a finalidade para qual foi composta.

· Marcha Fúnebre, com andar lento - Destacamos a marcha da Sonata para piano nº12.op.26 e da 3ª Sinfonia, ambas de Beethoven; também destacamos a célebre marcha de da 1ª Sonata para piano de Chopin.

· Marcha Nupcial, com andar solene - Destacamos a Marcha Nupcial de "Sonho de uma noite de Verão" de Mendelssohn.

· Marcha Militar, com andar brilhante para desfile. “A marcha militar de passo-dobrado originou três grandes tradições de composição: o pás-redoublé francês, o pasodoble espanhol e a marcha militar de passo dobrado em Portugal, que em terras brasileira se tornaria o dobrado. O dobrado brasileiro recebeu ainda influencias da marcha militar alemã, além de incorporar elementos da nossa música popular” (Fred Dantas).

· Marcha Religiosa para acompanhamento de procissão.

· Marcha Triunfal para execução em concerto com muito brilhantismo - Como exemplo mais conhecido destacamos a marcha triunfal da ópera "Aida" de Verdi.

· Marcha de Carnaval gênero da música popular feito exclusivamente para as festividades carnavalescas. Teve seu auge dos anos 20 aos anos 60 do século passado, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo. A marcha "Ó abre alas", da maestrina Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e inspirada na cadência rítmica dos ranchos e cordões foi a primeira marcha de carnaval brasileira.

Marcha de Passo Dobrado ou “Dobrado”

Os dobrados são marchas militares especificas feitas com a finalidade de acompanhar deslocamentos de tropas em desfile. Os titulos destas marchas geralmente são para homenagear pessoas, datas ou lugares.
O "dobrado", como estilo de composição com as caracteristicas que tem hoje, evoluiu da marcha militar tradicional, a fim de atender um maior percurso de deslocamento das tropas sem que tivesse que reiniciar a mesma marcha em um pequeno espaço percorrido. Procurando atender esta necessidade a forma da marcha militar foi alterada com uma dobra no numero de compassos de 16 para 32 compassos dentro de cada parte que compõem a forma tradicional deste tipo de composição.
Estrutura e Forma Musical do Dobrado
A marcha militar se estrutura em compasso binário ou quaternário, ainda que é mais comum em compasso binário, com forma de minueto e que pode existir isoladamente ou fazer parte de uma Sonata, Sinfonia, Ópera ou outras formas. A marcha militar tem os tempos fortes acentuados, e com um mesmo andamento marcial, se destina, tanto ao desfile cívico-militar como ao concerto em recintos fechados ou em espaços públicos com acústica aberta.
Apesar de um conjunto de características comuns que diferenciam a marcha cívica brasileira das marchas de outras nacionalidades não podemos afirmar que existe uma definição absoluta quanto a sua forma. Podemos afirmar que levando se em conta a maioria das características comuns geralmente inicia-se com uma introdução forte e curta onde pode-se perceber em sua constituição a marcialidade, a cadência firme e o brilhantismo melódico, partindo para uma primeira parte, com repetição, onde é exposta a melodia principal em dialogo com os contracantos. A parte seguinte é o forte, onde solam os graves e onde é encontrada a massa sonora do dobrado. Volta-se à primeira parte e, após breve ponte, chega-se ao trio. O Trio é a parte do dobrado onde o compositor envolve os aspectos harmônicos, rítmicos e melodiosos para expressar traços que caracterizam a personalidade do homenageado e dar um caráter mais humanístico à música.

Um dos fatores que contribui para a não existência de uma forma musical definida do nosso dobrado, acredito que tenha sido o isolamento que durante muito tempo, até a primeira metade do séc. XIX, as bandas das cidades interioranas foram submetidas devido às dificuldades de comunicação e locomoção da época. O contato existente entre os grupos era possibilitado pelos músicos que viajavam para as cidades que tinham bandas trocando informações e partituras. Tais intercâmbios possibilitaram a aproximação de uma forma musical comum, mas não sua unificação.

As partituras que chegavam com os músicos andarilhos durante muito tempo foram o único meio de integração entre as bandas e a única fonte de referencia para estudo e analise entre os compositores das diversas bandas interioranas.

Da forma musical do dobrado de desfile surgiu o dobrado sinfônico que é uma variação do gênero utilizado apenas para concerto.

O Maestro e Musicologo Fred Dantas afirma em artigo que:

“No Brasil o dobrado, se tornou em certos momentos música de concerto, desapegada da finalidade de utilização para deslocamento militar” chegando a popularizar-se graças a predileção dos mestres de bandas por este tipo de música no repertório de seus grupos para as apresentações nas tradicionais retretas e desfiles que as bandas de música sempre realizavam e ainda hoje realizam nas milhares de cidades brasileiras não deixando de fora do repertório os dobrados compostos por compositores locais."

maestrorochasousa