terça-feira, 31 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

[ARTIGO] A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DAS BANDAS DE MÚSICA NO BRASIL

A banda de música, assim como o povo brasileiro, apresenta larga diversificação de gênero e de autores, pois se encontra em toda a abrangência do espaço brasileiro.

Fenômeno histórico e sociológico tão importante quanto o fenômeno artístico, a banda de música vive hoje, em muitos lugares, em estado de latência. Não deixa, porém, de desempenhar importante papel de mobilizadora da comunidade nos seus momentos mais caros e solenes; de cumprir o papel de escola livre de música, verdadeiro conservatório do povo; de manter-se como guardiã da tradição musical popular brasileira. A banda de música ainda é a mais antiga e menos estudada instituição ligada à criação e divulgação da música popular.

Esse papel de reserva da cultura popular assumiu dimensões históricas a partir do século XVIII com a multiplicação das irmandades cecilianas – de Santa Cecília - às quais os músicos geralmente se filiavam, mantendo forte vínculo com as instituições religiosas. Herdeiras do sistema medieval de organização do trabalho, as irmandades dos músicos reconheciam a categoria e esses trabalhadores puderam expandir suas obrigações além do âmbito da igreja, no sentido social como no artístico, acrescentando, por exemplo, obrigações assistencialistas que resultavam da contribuição de cada um. Era o embrião do mutualismo, o pré-sindicalismo.

A pesquisa também revela grandes mudanças na organização das irmandades e das próprias bandas de música na entrada do século XIX, quando à confusa formação de músicos nas milícias e nas igrejas deram-se soluções “modernas”, inspiradas nos modelos europeus.

A chegada de D. João com a corte portuguesa, em 1808, propiciou mudanças qualitativas de grande repercussão em todo o Brasil. Data de 27.03.1810 o decreto que mandou estabelecer em cada regimento um corpo de música composto de 12 a 16 executantes. Em 1814 começaram a espalhar-se nos quartéis o ensino e a prática de instrumentos mais atualizados em substituição às antigas bandas, ou ternos e quartetos, de tocadores de charamelas, pífanos, trombetas, caixas e timbales.

O grande impulso resultou, portanto do estabelecimento da corte portuguesa no Rio de Janeiro. Mas a banda da brigada real, trazida por D. João em 1808, ainda era arcaica. Em Portugal, a banda de música começou a se modernizar somente em 1814, quando seus soldados regressaram da guerra peninsular trazendo brilhantes bandas de música, em que predominavam executantes contratados espanhóis e alemães. Ernesto Vieira alude ao decreto de 29.10.1814, determinando que houvesse em cada regimento de infantaria uma banda composta de mestre e 11 músicos, todos praças do pré. O modelo português vigoraria no Brasil e está indicado na portaria de 16.12.1815, que recomendou a composição da música de cada regimento de infantaria e batalhão de caçadores: 1 mestre, 1º clarinete; 1 requinta; 2 clarinetes; 2 trompas; 1 clarim; 1 fagote; 1 trombão ou serpentão; 1 bombo e 1 caixa de rufo. 6 Determinou ainda que houvesse 4 aprendizes escolhidos entre os soldados, podendo assim chegar a 16 o número de músicos, mas não mais que isto.

A música nas milícias claramente aparecida em bases orgânicas, na metrópole, em 1814, forneceria o modelo para a formação de bandas civis. Daria, inclusive, preponderância ao 1º clarinete, aquele que teria habilitação de mestre.

Em Portugal, a história da formação das bandas civis também é obscura. Pedro de Freitas acredita que ela surgiu, pela primeira vez, em 1822, quando o afamado maestro Bomtempo apresentou em Lisboa uma sociedade filarmônica organizada nos moldes da de Londres, fundada em 1812. A novidade teria sua natural repercussão no país.

Se isso acontecia tão tardiamente na metrópole portuguesa, claro que no Brasil as coisas se desdobrariam a seu tempo. Na verdade, porém, a banda de música, tal como hoje a conhecemos, é produto do século XIX. Ela só alcançou o padrão moderno na Europa na primeira metade do século XX, quando aperfeiçoamentos substanciais foram introduzidos nas flautas e nos clarinetes. Esses aperfeiçoamentos se devem principalmente ao flautista alemão Theobald Bohm (1794-1881) e ao belga Adolf Sax (1814-1894), criador do saxofone em 1840.

Ao contrário das bandas de música das milícias, que deixaram atrás de si pistas abundantes e por vezes minuciosas de sua organização e manutenção, as bandas civis contam a história quase sempre obscura. Nem todos os dicionários e enciclopédias dignam-se de falar dessas corporações. Lembram apenas os conjuntos palacianos, como os da corte francesa, onde teria surgido a denominação “banda”. Mário de Andrade, entre nós, sempre atentos às coisas do povo, verbetizou o termo no Dicionário musical brasileiro, obra póstuma, 1989, pp. 44-45, dando-lhe 2 significados: 1, Conjunto de instrumentos de sopro, acompanhados de percussão; 2. O mesmo que charanga, filarmônica. Abona com eruditas informações. Bandas de fazenda, diz MA, composta de pretos e escravos. “O barão do Bananal com seus crioulos compuseram uma de 24 instrumentistas, me contou o preto velho Manuel”, aquele que lhe dera um documento precioso, o dobrado, Voluntário da Pátria, transcrito no volume Melodias registradas por meios não mecânicos, org. Oneyda Alvarenga, 1946, p.96.

Eduardo Fideles

sábado, 14 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

[NOTÍCIAS BMJCS] SELECIONADOS PARA O IX FESTIVAL MÚSICA NA IBIAPABA

Parabéns aos integrantes da BMJCS aprovados para o IX Festival Música na Ibiapaba! O empenho de vocês para participar deste Festival mostra o esforço e a vontade de estudar música cada vez mais!

Selecionados:

- Antonio Carlos Rodrigues Paulino
- Bruno Emerson Pereira Alves
- Cauê Oliveira Pereira
- César Ferreira de Paiva
- Diógenes Moreira Catunda
- Fernando Matos Ferreira

- Francisco Elizeu Marques Silva
- Francisco Rafael Leitão Alves
- Francisco Roberto Nascimento
- Pedro Henrique Alves Maceno



Att.: Maestro Diógenes Catunda

domingo, 8 de julho de 2012

[AULAS] PROVA TEÓRICA

AVISO AOS ALUNOS DO CURSO DE TEORIA E PRÁTICA INSTRUMENTAL QUE NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 14 DE JULHO SERÁ REALIZADO O NOSSO TESTE TEÓRICO DE CONHECIMENTO. 
AS QUESTÕES ABORDADAS SE DIZEM RESPEITO A TODO O CONTEÚDO ESTUDADO DURANTE O CURSO.

Obs.: Todos devem portar caneta.

Att.: Maestro Diógenes Catunda

BANDA DE MÚSICA DE IPAPORANGA




A Banda de Música de Ipaporanga é ligada a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do município, foi criada através do Projeto de Fortalecimento Musical do Governo do Estado em parceria com a Prefeitura Municipal de Ipaporanga em dezembro de 2006. O primeiro maestro foi o Sr. Marcelo Medeiros que acompanhou a banda até janeiro de 2010. Em março de 2010 foi efetivado o Maestro José Arquimedes Ribeiro da Silva. Integram a Banda 27 músicos entre 13 e 18 anos de idade.
Devido à dedicação de seus integrantes, o grupo vem crescendo e ganhando espaço no quadro musical da região, sendo convidado a apresentar-se em eventos importantes como a Conferencia Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente em Fortaleza, “Pra Ver a Banda” no Centro Cultural dragão do Mar, Encontros de Bandas em cidades vizinhas entre outros.
A Banda não possui sede própria, mas segue um bom calendário de ensaios com duração de duas horas, quatro vezes por semana no Ginásio Municipal. Os músicos recebem mensalmente uma bolsa como forma de incentivo, sendo ainda observada pela Coordenação da Banda a freqüência dos músicos em ensaios e apresentações, a integração e participação familiar no esclarecimento e elaboração de idéias, o apoio com material de suporte, a ajuda financeira aos músicos para participarem de cursos de capacitação e o acompanhamento individual do rendimento escolar.
O Repertório da banda é amplo, explora os mais variados estilos como: dobrados, frevos, sambas, canções populares, baiões, valsas, marchas, hinos, boleros, internacionais e outros. Para ingressar na banda o aluno iniciante participa do Curso de Teoria e Prática Musical ministrado pelo Maestro Arquimedes Ribeiro e que funciona paralelamente ao projeto da banda.

A BMJCS tem o prazer de informar que a Banda de Música de Ipaporanga é um de nossos parceiros!

ENQUETE

O blog da Banda de Música de Ipueiras, Joaquim Catunda Sobrinho, sempre busca uma aproximação com seus usuários!
Para melhor atendê-los, então, elaboramos uma enquete para que assim possamos disponibilizar mais conteúdo de acordo com a demanda!

Contamos com sua participação! Vote na barra ao lado...

Att.: Maestro Diógenes Catunda

sábado, 7 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

[NOTÍCIAS BMJCS] INFORMAÇÃO DE DOWNLOAD

A BMJCS LEMBRA AOS SEUS USUÁRIOS QUE PARA EFETUAR O DOWNLOAD DE ALGUM ARQUIVO QUE SE ENCONTRE HOSPEDADO NO SITE: WWW.4SHARED.COM É NECESSÁRIO QUE SEJA EFETUADO ANTES O SEU CADASTRAMENTO NO MESMO SITE.

POR ESSE MOTIVO E COM O INTUITO DE TORNAR MAIS FÁCIL O ACESSO AO NOSSO CONTEÚDO QUE ESTAMOS UTILIZANDO AGORA O SITE WWW.MEDIAFIRE.COM PARA HOSPEDAGEM OFICIAL DOS ARQUIVOS DE NOSSO BLOG.

Att.: Maestro Diógenes Catunda

terça-feira, 3 de julho de 2012

CINE MÚSICA: ORQUESTRA DOS MENINOS

A BMJCS informa que neste domingo dará início ao CINE MÚSICA, uma mostra de obras de gênero musical para o entretenimento e aprendizado dos nossos alunos através de filmes que mostram a vivência em música por diversas formações. O projeto será executado mensalmente.

E para dar início ao projeto, o primeiro filme será:

ORQUESTRA DOS MENINOS


Janeiro de 1995. Um jovem músico de 13 anos, integrante da Orquestra Sinfônica do Agreste da pequena cidade de São Caetano, a 150 km de Recife, é sequestrado. Os policiais acreditam que o responsável é o criador da orquestra, o maestro Mozart Vieira (Murilo Rosa). Com a acusação o trabalho realizado até então com a comunidade carente da cidade corre o risco de desaparecer.

Trailer:


Att.: Maestro Diógenes Catunda