Poema a um Maestro
Nasceu em Itaporanga no vale do piancó
Vivendo vida simples com mamãe, papai e avós
Sendo paraibano singelo sempre ao falar
Assim era Radegundis esse músico espetacular.
O saber acadêmico não roubou sua ternura
Pois tratava todos com bastante brandura
O trombone tocando sempre com notas aveludadas
Atingia notas agudas, todavia afinadas.
Na vida foi determinado vivendo os sonhos seus
Crendo como todo artista que chegaria ao apogeu
Terminou o doutorado na terra do tio sam
Sua batalha era utópica porem não foi van
Mais no de primeiro do sete tudo se mudou
As chamas que purifica o ouro a ele purificou
Levando daqui embora pra perto do Criador
A morte é desse jeito cada um com sua dor
Nosso Maestro agora perto dos parentes seus
Parece que não toca mais tudo se emudeceu
Doravante só prece e suplicas ao nosso Deus
Fica aqui minha homenagem a está bela criatura
Que deixou um exemplo salutar pra nossa cultura
Filho de pedreiro que em Frances se diz Maçom
Radegundis mostrou a todos que “Música não é dom”.
Defendia o estudo e o sublime magistério
Isso nas palestras mostrava com bastante critério
Minha rima simples e franca vêm aqui enaltecer
Esse Itaporanguense que ao mundo fez saber
“Pobre também é Doutor só é o cabra querer”.
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